sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O som da esperança

Enquanto andava com o meu filho nos braços pelos corredores de um reconhecido hospital em São Paulo, ele balbuciava suas primeiras palavras aprendidas e fazia aquele som gostoso, ainda inteligível, em meio aos adultos que ali aguardavam atendimento.

Aqueles pacientes, preocupados com o que lhes reserva o futuro e tudo mais que acompanha este momento, ao ouvir o falatório do Pietro automaticamente abriam um sorriso e, em alguns casos, o olhar parado, reflexivo, demonstrava que pensamentos profundos tomavam conta das suas atividades cerebrais naquele momento, fazendo com que parassem por alguns segundos tudo o que estavam fazendo ou pensando anteriormente. A sensação era como se eu fosse o Flautista de Hamelin levando todos os ratos da cidade embora (neste caso os pensamentos provavelmente preocupantes), acabando com a praga que assolava o vilarejo.

Percebi talvez o principal papel das crianças em nossa sociedade: despertar-nos para a esperança; esta crença emocional na possibilidade de resultados positivos mesmo quando tudo indica o contrário; recado dos anjos para lembrar-nos do bom da vida e do que realmente vale à pena!

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